terça-feira, 11 de julho de 2023

O registro de nascimento do futuro "santo"

O Registro de batismo não deixa dúvidas: antes de ser considerado santo e empreender uma das mais grandiosas peregrinações pelas Américas, o monge João Maria teve que vir ao mundo - e o fez da forma mais tradicional possível!

“No ano do Senhor de 1801, em 11 de julho, o vice-pároco Calzone batizou uma criança nascida hoje. Pais: Mattias de Agostini, filho de Giovanni Maria, e Maria Domenica Monfrini, filha de Angelo Maria, cônjuges desta paróquia, a quem impôs o nome de Giovanni Maria (Ioannes Maria). O padrinho foi Antonio Delmestro e Giovanni de Sizzano.” (Traduzido do Latim a partir do documento abaixo apresentado)


Arquivo Paroquial de Sizzano, Anagrafe, Battesimi, fald. 10, n. 14, anno 1801


Conhecido há alguns anos pelos historiadores, esse documento dissolve definitivamente as dúvidas que ainda restam sobre onde e quando nasceu o futuro monge João Maria. E ainda: contrariando uma lenda surgida de que Agostini descendia de família nobre, os Agostinis, na Itália do início do século 19, eram pobres camponeses que vendiam sua força de trabalho em fazendas da região do Piemonte.

O pequeno Giovanni Maria, cujo nome vinha de seu avô paterno, tinha uma irmã três anos mais velha que ele, de nome Maria Francesca. Em 1801, moravam todos em uma casa/estábulo chamada "La Bergamina", de propriedade do Conde Tornielli (Ver pesquisa feita na Itália para o documentário "A Maravilha do Século", até o minuto 30'34'').

O trabalho do historiador é desvendar lendas e mitos, buscar a verdade ou, ao menos, aproximar-se dela.